segunda-feira, 11 de maio de 2009

DAS HISTORIAS QUE SE GUARDA

DAS HISTORIAS QUE SE GUARDA
Se tive tantas mulheres
Se tivestes tantos homens
Poucos ou muito
Não interessa
Andei meio sem pressa
Tateando seios
E apalpando coxas
E por outros meios
Entregastes também teus lábios
Na busca de um querer
Que por vezes nos foi empolgante
Outras tantas quem sabe nauseante
Tantos caminhos tortuosos
Muitos nebulosos
Com sofrimentos
Não me reprimo
Não te condeno
Muito menos nos critico
Porque, simplesmente,
Nos buscávamos
Teríamos que percorrer tais caminhos
Nestas idas e vindas
Muitas vezes sonhamos na realidade
A perfeição de um paraíso de carinhos
E tínhamos a sensação de definitivo
Ninho
Que o amor havia chegado
Mas, era simples e singelo
Caminho traçado
E quase por vezes quase
Morremos
De saudade
Que se transformou em simples amizade
E até mesmo em indiferenças
Por decepções
De decepadas ilusões
De que adianta ter ciúmes do que já passou
Pereceu, empalideceu e esmaecido
É só um sentimento morrido
Do qual nem cicratizes mais existem
Para sentirmo-nos doídos
Coisas que já não persistem
Esquecidas num canto da memória
Como arquivo de disco rígido
Não acessado
Por isso, melhor do que esquecer!
É não lembrar
Por isso, como meu carinho
Não quero apagar
Mas, deixar no recôndito da memória
Porque se se não apaga a história
Mas se as deixa
Nos livros fechados
Empoeirados
E nos arquivos ocultos
Para que possamos viver o nosso presente
Como paraíso imanente
Pois que não te quero imaculada
Te quero
Te quero sim mulher
Com a higidez
Da sensualidade
Que desperta minha libido
Ao te olhar
E te cobiçar
Como quem cobiça
Coisa proibida
Mas pra mim inteira
Permitida
E pervertida
Pra que seja tudo em minha vida

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